Para o nosso fim de semana. Sejam felizes sempre, nunca aprejundicando ninguém.
Posso estar colado ao chão
deslizante da vida,
Onde há densidade de
múltiplas referências
Uma prisão de onde se sai
transformado
E como que num instante o
clarão da luz
Trouxe por mim um abandono de
rompante da terra firme
Embora saibamos há muito
tempo que sobre o mar imenso
Ninguém consegue viver muito
tempo.
No sentido do vento galopa o
desejo irrequieto,
Anseia e busca o lugar da
harmonia interior
Que na vertigem do pensamento
é melhor que este,
Mesmo que na terra firme se
sinta o mar
O cheiro dos pinheiros e a
vibração das flores
E a sorrir apertamos as mãos
aquecidas pelo sol.
O rio subterrâneo conduz-me
no escuro da noite
Mas mesmo sem licença os
passos são consolados
Pelas trepadeiras roxas sobre
os muros das casas,
Fui assim de rua em rua
caminhando no sentido das ondas
Que sem ligar às pessoas com
os sapatos na mão
Vagueei incomodado mas indiferente
aos cães,
Pois todo o homem é um sem
abrigo de si mesmo.
Uma vez disseram-me contentes,
Que o meu pai morou neste
lugar invulgar
E com esta lembrança eu
suavemente regresso
Ao ombro do génesis que fez o
filho do homem.
JLR
Sem comentários:
Enviar um comentário