Comentário à missa deste domingo. Pode servir para quem habitualmente vai à Igreja ao fim de semana, mas não só. Este domingo é XXXIII Tempo Comum...
Evangelho deste Domingo - tirado de Lucas
- é muito intrigante e coloca-nos diante das coisas do mundo, envolvidos em
muita perplexidade.
Será que as guerras, a insegurança geral e o medo que nos atacou serão os
sinais dessa realidade do fim que Jesus nos fala? Como ler os acontecimentos do
mundo sem cair num sobressalto? Como não viver assustado perante tanta desgraça
que o mundo apresenta? O que pensar ao lermos este texto onde Jesus parece
prever destruição e sofrimento para toda a humanidade? Já chegou esse tempo de
desgraçadas anunciado pelo Evangelho? Em que ficamos... (?)
São muito legítimas, todas estas questões e inquietações, porém,
descobrimos por detrás das palavras de Jesus um tema essencial da sua mensagem,
a esperança. Assim, escutemos esta frase: «...não os sigais. Quando ouvirdes
falar de guerras e de revoltas, não vos alarmeis...». O apelo à esperança está
claramente nestas palavras de Jesus. Mais ainda se tomar atenção quando
Jesus pronuncia o seguinte: «Assim tereis ocasião de dar testemunho». Nestas
frases a descoberta da esperança torna-se elementar. E mais devemos saber que
ninguém pode dar testemunho se não tem esperança.
Os cristãos, são hoje confrontados pela palavra do Mestre, para reacenderem
de novo a esperança e perceberem que a desgraça da cruz é apenas uma passagem
para a ressurreição e para a plenitude da vida. Nada deve ser motivo de
desânimo, porque já sabemos que a acção de Deus continua de forma silenciosa na
história concreta de toda a humanidade. Nada deve ser causa de derrota, porque,
embora, a consternação das nossas almas perante o sofrimento e a morte de
tantos irmãos, motivados pela fome, pelas epidemias, pelas tempestades e pela
guerra...
Nós devemos lutar por um mundo mais justo e mais fraterno. Deixar-se
derrotar será a pior das atitudes, porque isso, nada resolve a situação das
misérias e dos problemas que a humanidade toda enfrenta. A partilha e a
solidariedade são nomes que nunca tiveram tanta atualidade, para que a
esperança não morra e com isso aconteça o fim do mundo.
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