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1. Há um autor desconhecido que me
ofereceu esta frase: «Apague com um sorriso, toda a tristeza que lhe invade a
alma. Assim não dará aos que te odeiam a alegria de te ver chorando, mas dará
aos que te amam a alegria de te ver sorrindo». Realmente acontece, que sempre
encontramos as pessoas mais preocupados com os que lhes querem o mal do que com
as pessoas que lhes querem o bem. Só tenho uma resposta para isto, a humanidade
é tendencialmente negativa. Porque, é sempre mais fácil ser negativo e do que
ser positivo, pois essa tarefa implica algum esforço, algum trabalho…
2. Há no coração das pessoas uma vontade
enorme de serem boas, generosas, solidárias e amigas, porém, o ambiente, a
cultura que nos rodeia não permite que tais ideais ou valores «marquem a agenda»
e o passo das pessoas na vida concreta de todos os dias. O filósofo e escritor Mário
Sérgio Cortella sentenciou deste modo a leitura que faz dos nossos tempos: «Parte
da nova geração chega nas empresas mal-educada. Ela não chega mal-escolarizada,
chega mal-educada. Não tem noção de hierarquia, de metas e prazos e acha que
você é o pai dela». A escola que forma não existe, porque passou a ser a escola
que formata. Daí termos gente que não sabe ser gente como toda a gente e muito
menos se comporta como gente. Um drama fatal, que é preciso ser pensado e especialmente
obedecer a uma vontade que faça arrepiar caminho. Se tal não acontecer, será
necessário habituar-se cada vez mais com a violência, o consumo de drogas e com
todas as misérias que a todos os dias aumentam terrivelmente.
3. É um grave desgraça não perceber que
para se fazer o que se gosta é preciso fazer muita coisa de que não se gosta.
Este ideal está adormecido. O fácil é o melhor do mundo. A persistência e a
paciência não fazem parte do vocabulário. Porque, o bom é que tudo seja rápido
e fácil. Mesmo assim, não quero crer como nos diz o escritor Luís Fernando Veríssimo com esta frase pessimista: «Hoje,
só temos tragédias insensatas, simbolizando nada. Epifanias vazias rumo a não
se sabe bem que fundo. E, pior, com a orquestra tocando heavy metal». Poderão
ainda serem poucos a tomar verdadeira consciência de que ninguém está isento de
colaborar para o bem comum, essa ideia tão nobre que implica o destino
universal dos bens. Disso veio a afirmação do Papa João Paulo II, na Encíclica
sobre o Trabalho Humano: «sobre toda propriedade privada pesa uma hipoteca
social». Enfim, há o pensamento que é preciso revitalizar de que nascemos todos
para vivermos de maneira digna e feliz, à luz de uma autêntica humanização.
Está então nas mãos de todos nós esta enorme missão de fazer todos e cada dia a
ocasião propícia para fazer valer o gesto imprescindível e único que fará
sorrir alguém.
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