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sábado, 3 de novembro de 2018

A democracia em perigo

o alarme soa quando veio a crua frieza dos atentados terroristas pela nossa Europa fora, que semearam milhares de vítimas. Mas eles já existiam em tantas outras partes do mundo. Passado o efeito do terror entramos em pousio mais ou menos seguros até ao próximo. Todos se escandalizam momentaneamente quando nos dizem que tais atentados têm na sua base orientadora a religião. Porém, paulatinamente a par desta realidade foram sendo eleitos pelo mundo fora, agora mais recentemente, no Brasil, líderes que se serviram da sua profissão de fé para fazer política e alguns numa base gravemente populista que incentiva à violência. Não podemos encolher os ombros e descansar face a mais esta instrumentalização. Muitos analistas, nas diversas áreas do pensamento, inclusive alguns de formação teológica,  começam a ver que esta influência da religião nas eleições é preocupante, põe em causa o princípio da laicidade do Estado e com isso a própria democracia. Pelo que vemos a democracia requer cuidados todos os dias. Porque, notamos que vai sendo todos os dias ferida com desmandos alicerçados na corrupção, na desigualdade do direito e no caso com os populismos inspirados na religião. Mais uma vez, insistimos, o seu a seu dono. O Estado democrático deve procurar a sua equidistância religiosa e a religião não pode converter-se em meio para atingir certos interesses. Deve ser sempre um fim para quem utiliza a religião na sua busca pelo sentido e destino final da existência. A confusão não serve nem os estados nem a religião. 

1 comentário:

mch disse...

Subscrevo estas palavras. Estejamos vigilantes.