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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

A solidariedade organizada na Madeira é a melhor do mundo


A RTP-Madeira no programa Interesse Público, desta semana, dedicou-se a falar da Solidariedade na Madeira, convidaram tudo e mais alguma coisa do que há na Madeira para ajudar os pobres. Impressionante como todos sobrevivem à pala da teta Segurança Social… Tudo são bons fretes que são feitos ao Estado, que com toda esta gente vai fugido às suas responsabilidades.  
Quanto ao programa da televisão da Levada do Cavalo, apresentou o que já esperava, só maravilhas quanto a isto da ajuda aos pobres, até deu para concluir que na Madeira não há pobres, fora os que estão em «lista de espera» da Cáritas. Outra coisa fabulosa, não faltava as listas de espera nos hospitais para que as pessoas sejam atendidas das dores que sente por causa das doenças que manhosas andam a apanhar por aí. Temos então agora, outros manhosos que fizeram o favor de ficar sem emprego, contraíram dívidas e passam fome. Assim é, vais para a «lista de espera», porque essa coisa de sentires fome e quereres comer todos os dias tem que acabar.
Brincadeira à parte, todas as instituições que ajudam os pobres são perfeitas. Quem sabe de casos concretos de gente que devia ser ajudada e não tem sido por estas mesmas instituições, não pode continuar a ver estes espetáculos deprimentes. Porque o que vimos foi gente de barriga cheia a falar de gente de barriga vazia e isso é insultuoso. Nunca participei em programas de comunicação social para falar da pobreza em concreto, ainda bem, pelo que vi ontem, fica decidido nunca aceitarei participar em programas que falem dos pobres, a não ser que tais programas sejam para denunciar as causas da pobreza. Para colocar na ordem estas instituições que proliferam como cogumelos para sugarem as reservas dos nossos impostos que estes governos indecentes contemplam nos Orçamentos do Estado. 
Por fim, acho que o Estado e a sociedade lucravam mais se não dessem um cêntimo que fosse a nenhuma instituição de solidariedade e criasse postos de trabalho e ajudas diretas às famílias sem intermediários. Se o Estado tem meios para vasculhar a nossa vida e descobrir onde é que há anomalias quanto à regularização dos nossos impostos, também pode saber muito bem quem precisa ou não de ajuda. Com isto promovia o bem estar social, o consumo e injetava financiamento na economia que precisa tanto disso para a sobrevivência em geral. Assim os nossos impostos tinham outra dignidade e os mais necessitados também. Tudo isto revela-se, afinal, um grande negócio para muitas entidades e muita gente.

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