A RTP-Madeira no programa Interesse Público, desta semana, dedicou-se a
falar da Solidariedade na Madeira, convidaram tudo e mais alguma coisa do que
há na Madeira para ajudar os pobres. Impressionante como todos sobrevivem à
pala da teta Segurança Social… Tudo são bons fretes que são feitos ao Estado,
que com toda esta gente vai fugido às suas responsabilidades.
Quanto ao programa da televisão da Levada do Cavalo, apresentou o que já
esperava, só maravilhas quanto a isto da ajuda aos pobres, até deu para concluir
que na Madeira não há pobres, fora os que estão em «lista de espera» da Cáritas.
Outra coisa fabulosa, não faltava as listas de espera nos hospitais para que as
pessoas sejam atendidas das dores que sente por causa das doenças que manhosas
andam a apanhar por aí. Temos então agora, outros manhosos que fizeram o favor
de ficar sem emprego, contraíram dívidas e passam fome. Assim é, vais para a
«lista de espera», porque essa coisa de sentires fome e quereres comer todos os
dias tem que acabar.
Brincadeira à parte, todas as instituições que ajudam os pobres são
perfeitas. Quem sabe de casos concretos de gente que devia ser ajudada e não
tem sido por estas mesmas instituições, não pode continuar a ver estes espetáculos
deprimentes. Porque o que vimos foi gente de barriga cheia a falar de gente de
barriga vazia e isso é insultuoso. Nunca participei em programas de comunicação
social para falar da pobreza em concreto, ainda bem, pelo que vi ontem, fica
decidido nunca aceitarei participar em programas que falem dos pobres, a não
ser que tais programas sejam para denunciar as causas da pobreza. Para colocar
na ordem estas instituições que proliferam como cogumelos para sugarem as
reservas dos nossos impostos que estes governos indecentes contemplam nos
Orçamentos do Estado.
Por fim, acho que o Estado e a sociedade lucravam mais
se não dessem um cêntimo que fosse a nenhuma instituição de solidariedade e
criasse postos de trabalho e ajudas diretas às famílias sem intermediários. Se
o Estado tem meios para vasculhar a nossa vida e descobrir onde é que há
anomalias quanto à regularização dos nossos impostos, também pode saber muito
bem quem precisa ou não de ajuda. Com isto promovia o bem estar social, o
consumo e injetava financiamento na economia que precisa tanto disso para a sobrevivência
em geral. Assim os nossos impostos tinham outra dignidade e os mais
necessitados também. Tudo isto revela-se, afinal, um grande negócio para muitas
entidades e muita gente.
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