Olá amigos. Partilho convosco o contributo/partilha da amiga Rita Pestana, que deu largas ao seu coração e participa nesta secção do Banquete «E eu creio...». O convite mantém-se de pé para todos os que desejarem participar. Pode ser um incentivo a outros para acreditarem e reanimarem a riqueza da vida com o caminho da fé. Somos exemplo uns para os outros e a utilidade da nossa vida radica aí mesmo na capacidade que temos para partilhar o que somos e vivemos, sem isso a vida não tem sabor e servirá para pouco. Por isso, continuo a aguardar a vossa participação. Escutemos mais este contributo na palavra de Rita Pestana. Interessante a sua coragem em desvelar-nos o que sente neste momento e o quanto anseia por retomar o caminho da fé no abraço amoroso de Deus... Obrigado.
E eu creio...
Cresci e fiz-me mulher,
cidadã, profissional e mãe, acreditando que, em cada momento da minha vida e
num qualquer lugar existe ALGUÉM, invisível aos meus olhos, mas que guia os
meus passos e me protege. ALGUÉM mais justo e mais solidário que os humanos.
Quero continuar a crer! Quero continuar a acreditar! Quero continuar a confiar!
Mas sou humana… e, como
tal, tenho as minhas crises de fé. Crises que se instalam, quais crises
financeiras, políticas e sociais!!! Crises que parecem ter vindo para ficar…
Crises em que só me apetece gritar como Jesus, feito homem, gritou na cruz:
“PAI, PAI, por que me abandonaste?”.
E acreditem que não se
relacionam com os meus sucessos ou insucessos pessoais. Com as minhas
realizações ou frustrações. Não… não é por aí!!! Aí, deu-me DEUS o livre
arbítrio de tomar opções e assumir as suas consequências, de errar e de
corrigir, de cair e levantar.
As minhas crises de fé
relacionam-se com um sentimento profundo de que esse ALGUÉM em quem quero
acreditar não é tão justo quanto cheguei a pensar. Não é tão benevolente quanto
me fizeram crer… Não, não é!!! ELE é castigador… e quando castiga, fá-lo da
forma mais cruel. Castiga-me, actuando sobre as minhas fragilidades afectivas e
emocionais. Castiga-me através daquelas a quem mais amo e por quem trocaria a
minha vida terrena - as minhas filhas -
. Nenhuma delas escapou àquilo que considero ser a fúria divina.
E desculpem-me o
desabafo!!! Mas encontro-me em mais uma dessas crises de fé… Como se estivesse
a espiar pecados de três vidas… O mundo voltou a cair sobre os meus ombros… o
chão voltou a faltar-me debaixo dos pés…Pergunto: Porquê elas (as minhas
filhas) e não eu??? Que mal te fizemos, meu Deus??? Pergunto mas não obtenho
respostas.
Quero voltar a
acreditar na misericórdia de Deus, na SUA benevolência, na SUA justiça. Preciso
de, com convicção baseada na fé que, hoje, me falta, voltar a citar o Salmo
91.2 “Direi do SENHOR: ELE é o meu Deus, o meu
refúgio, a minha fortaleza, e NELE confiarei”.
Rita Pestana
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