A reportagem da RTP-Madeira, "Traídos pela mente", passada ontem dia 23 Janeiro de 2013, deu-nos conta de um mundo "escondido" sobre os doentes mentais. Uma realidade inquietaste e preocupante se as vítimas são votadas ao abandono, ao desprezo e se têm que viver com o estigma da doença que provoca medo e olhares esguios que induzem intolerância e repugnância. Um drama, que a maior parte do tempo passa ao nosso lado.
A doença, qualquer doença faz vítimas, porém, a doença mental revela-se a pior de todas e se não fosse essa "vocação" tão nobre e interessante que é a Ordem Hospitaleira dos Irmãos de São João de Deus, a desgraça ainda seria muito maior para todas as pessoas tomadas pela horrível doença das perturbações mentais.
Outro dado curioso, que refere muito bem esta reportagem tem a ver com o consumo dos antidepressivos, as bebidas alcoólicas, o bloom ou drogas legais e todas as formas de dependência que levam aos estragos fatais da mente. Gostei muito da reportagem do Angelino Câmara. Serviu para nos relembrar que esta fatalidade das doenças mentais existe e que cada vez mais afecta imensas pessoas.
A crise e austeridade não podem justificar tudo, com toda a certeza que deve ter alguma influência, porém, outros valores esquecidos no domínio da educação e arredados dos seios familiares também vão contribuindo para que cada vez mais as depressões, o desespero e tudo o que influencia na perda do sentido da vida vai ajudando a desestruturar a mente.
É importante que trabalhos deste género vá despertando a sociedade para os sub mundos que vão existindo por aí, porque a cegueira da austeridade vai contribuindo imenso para que as pessoas sejam cada vez mais esquecidas, especialmente, as mais frágeis ou afectadas por qualquer anomalia quanto ao seu bem estar em saúde.
A doença, qualquer doença faz vítimas, porém, a doença mental revela-se a pior de todas e se não fosse essa "vocação" tão nobre e interessante que é a Ordem Hospitaleira dos Irmãos de São João de Deus, a desgraça ainda seria muito maior para todas as pessoas tomadas pela horrível doença das perturbações mentais.
Outro dado curioso, que refere muito bem esta reportagem tem a ver com o consumo dos antidepressivos, as bebidas alcoólicas, o bloom ou drogas legais e todas as formas de dependência que levam aos estragos fatais da mente. Gostei muito da reportagem do Angelino Câmara. Serviu para nos relembrar que esta fatalidade das doenças mentais existe e que cada vez mais afecta imensas pessoas.
A crise e austeridade não podem justificar tudo, com toda a certeza que deve ter alguma influência, porém, outros valores esquecidos no domínio da educação e arredados dos seios familiares também vão contribuindo para que cada vez mais as depressões, o desespero e tudo o que influencia na perda do sentido da vida vai ajudando a desestruturar a mente.
É importante que trabalhos deste género vá despertando a sociedade para os sub mundos que vão existindo por aí, porque a cegueira da austeridade vai contribuindo imenso para que as pessoas sejam cada vez mais esquecidas, especialmente, as mais frágeis ou afectadas por qualquer anomalia quanto ao seu bem estar em saúde.
2 comentários:
Bom dia!
Sr. Pe.
Gostei muito deste post.
Quando era jovem fiz um campo de férias, numa casa de saúde em Idanha - Belas - Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus.
Foi uma experiência única.
Aqueles olhares, ora carentes, ora agressivos...
Achava eu que tinha aprendido a conviver com o outro lado da mente, até que um acidente vascular cerebral afectou uma das pessoas que eu mais amo na vida, aquela que me deu a vida, impedindo-a de reconhecer as filhas.
Foi aí que deveras percebi que a doença mental deve ser encarada como uma gripe, nunca sabemos quando nos bate à porta.
Era muito bom se os habituássemos à ideia de que as pessoas com perturbações mentais, podem de facto ser perigosos,mas que estão doentes e não devem ser abandonados à sua sorte e esquecidos.
"crise e austeridade não podem justificar tudo"
Concordo plenamente, não podem nem devem.
Paulina Ramos
Padre José Luís, Amigo e Irmão.Os doentes mentais são os novos leprosos e quando têm autorização médica e da direcçãoda própria Casa de Saude a sociedade afasta-se deles. Vejo-os às vezes nos nossos cafés mais frequentados do centro da cidade serem afastados das mesas e as próprias pessoas muito cristãmente afastam-se delas. Dão um cigarro, tirando com as suas próprias mãos com nojo das mãos desses doentes.E em Lisboaémuito frequente eles saírem do Hospital Julio deMatos mas estão sp de pé.Niguémos convida para tomarem um café na mesa onde estão "os ajuizados" sentados.As pessoas ainda têm o estigma da agressividade que essaspessoas possam ter.Mas os tratamentos são outros .Já não precisam estarem acorrentadosou terem um colete de força.Dizia um famoso psiquiatra madeirense e que durante dezenas de anos ajudou muito esses doentes em tempos muito recuados que "para ser louco é preciso ser inteligente" e os verdadeiros duendes estão fora do manicómio e que seria preciso colocar uma varanda em toda à volta da ilha". Garaudy dizia que "loucura é tudo aquilo que não deixa a razão apodrecer".
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