Os
campos falam o que desponta
Na
bênção da chuva enorme
Que
os sem-abrigo condenados
Na
solidão da injustiça da fome
Quando
os ossos se vitimizaram
Sobre
a pedra fria do calvário
-
De uma cidade
Que
vagueia na noite e no dia da indiferença.
Não
vejo em silêncio
Neste
ensaio de pedincha soberba
Ou
quase feroz compadecida
Numa
não solução incontida
Que
vejo neste desejo revoltante
-
Porque se arrebata os olhos nus
A
crueldade da pobreza.
José Luís Rodrigues
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