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sábado, 12 de janeiro de 2013

Neste chão que passo

Poetando um singelo escrevinhar em qualquer momento...

Um espaço faz-se no chão
Porque celebro no pão
A fé que na educação
Uns pais que na pobre devoção
Ofereceram-me em sentida oração.

Nesse chão fiz passos a caminhar
Nunca me deixei perturbar
Nem muito menos enveredar
Por estreitas formas de pensar
Ó sorte que é a liberdade de puder andar.

Neste feliz pensamento
Não vejo na paisagem tormento
Mas antes poder e alento
Para fazer do sonho deste momento
O desejo do bem trazido pelo vento.

Nesta consciência do bem
Nunca desejei para ninguém
Senão paz e saúde o que convém
Para que por mim vá sempre além
A justiça que de Deus vem.

Assim sou feliz nesta história
Feita de altos e baixos com memória
Até ao dia final da maior vitória
Da plenitude consagrada na glória.

Eis isto e muito mais no sublime
E em todo o perdão se redime
A inimizade que reprime
A oferta que no abraço se define.

José Luís Rodrigues

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