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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Porque estamos no Ano da Fé (12)

O que a fé não é (12)
A fé não é uma cegueira
 A cegueira está por todos os lugares da vida. A cegueira do egoísmo, a cegueira do ódio, a cegueira da vingança, a cegueira da infidelidade, a cegueira da injustiça, a cegueira da violência, a cegueira do desprezo, a cegueira da incompreensão, a cegueira da marginalidade, a cegueira da droga, a cegueira do álcool, a cegueira da falta de amor, a cegueira das desavenças familiares, a cegueira do dinheiro, a cegueira da miséria sexual, a cegueira da corrupção, a cegueira da irresponsabilidade, a cegueira do palavreado obsceno, a cegueira do prazer fácil, a cegueira do facilitismo, a cegueira do consumo doentio, a cegueira da reclamação constante dos direitos esquecendo os deveres, a cegueira da doença verdadeira e tantas vezes inventada por mil razões interesseiras e comodistas, a cegueira da soberba, a cegueira do poder, a cegueira da pompa, a cegueira dos títulos e dos cargos políticos e religiosos, a cegueira da vaidade, a cegueira do luxo, a cegueira da injúria, a cegueira do escárnio, a cegueira...
São tantas as cegueiras do mundo em que vivemos que requerem um grito forte para que o milagre da transformação da vida aconteça. Jesus passa por todas as estradas, falta que aqueles que estão à beira da estrada o reconheçam e sintam que só Ele pode realizar a libertação. O mundo precisa de acreditar e de ter fé. Porque só esta qualidade poderá guiar para a verdadeira felicidade.
Jesus é um Mestre que aponta o verdadeiro caminho e nesse caminho Jesus passa. As cegueiras que constantemente nos atacam podem não deixar sentir essa presença que passa. Por isso, todos somos em certa medida cegos das muitas coisas que enumeramos e das muitas mais misérias que cegam que podíamos ainda referir. Mas basta apenas alguns aspectos para nos fazer pensar. Porém, nenhuma cegueira é causa de condenação eterna. Basta saber acolher Jesus Cristo como luz que liberta de toda a miséria.
A fé na pessoa do Mestre emerge como condição essencial para a construção da história pessoal e como sinal que nos indica o caminho mais conveniente para verdadeira vida em Deus.
As cegueiras continuam a existir não por causa de Deus, mas porque a teimosia interior dos homens é sempre mais forte que a humildade e a simplicidade. Jesus que passa não recusa de modo nenhum o grito de todos os que necessitam da Sua ajuda. Por isso, mesmo que sejam muitos a nos repreenderem e a não quererem ouvir o nosso grito por Jesus, que nunca nos cansemos de apelar pelo Mestre do amor que deseja sempre o nosso bem e a nossa salvação.
Fica este pequeno manifesto contra qualquer forma de cegueira que de alguma forma torna pequena e indigna a condição humana, facto que se revela sempre contra o Plano de Salvação e contra a verdadeira fé no Deus que sempre liberta.

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