O Cardeal Maria Martini, antigo cardeal de Milão,
falecido recentemente, proponha um caminho para este panorama assustador que
nos persegue, a via do diálogo. E o facto, do sepulcro estar vazio é um bom
sinal, exactamente, por onde começa o Cristianismo. A vida venceu o medo e
derrotou o abismo do sofrimento e da morte. Todos são convocados para encetar
caminhos de progresso humano para todos.
O medo e a desorientação geral não podem ter a
última palavra nem podem ser motivo de derrota final. Devem isso sim, ser uma
possibilidade de redenção que nos junte a todos e que dessa forma se imaginem
novos modelos e novas formas de vida que nos orientem para a verdade da
felicidade.
A desresponsabilização pessoal que vivemos, que leva
a que cada um não se sinta sujeito do que faz e do que é, parece fazer alguma
confusão. Porém, não nos podemos deixar vencer. É preciso, é urgente não se
demitir da sua história pessoal e cada um deve ser capaz de enveredar pelas
vias da salvação.
A abundância de notícias sobre a muita insegurança
que se vive; a violência quotidiana que parece conviver com todos em cada
esquina da vida; a exclusão social dos emigrantes vindos de tantos lugares do
mundo; a tendência generalizada para o egoísmo que desemboca em integralismos
desumanos, muitas vezes, com pontos de vista muito vincados; a teimosia das
máfias que parecem dominar o mundo com redes secretas do comércio ilegal, tanto
de drogas e tanto de seres humanos; a fome que se senta à mesa de tantas
famílias; o desemprego que faz desesperar tantas pessoas...
A complexidade do mundo, deverá ser um desafio para
todos. E é diante desta diversidade e multiplicidade positiva e negativa, que
todos são chamados para acções concertadas em favor do bem comum. Chega de
pessimismos e medos desnecessários. Que cada um seja capaz de dar largas à sua
imaginação e se faça um verdadeiro construtor de alternativas boas em favor da
felicidade da humanidade toda. Um desafio!
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