1. Bem, não são
bem eleitos… Este título é impreciso face ao assunto que se desenvolve a
seguir. Porque se falamos da jovem reformada Drª Assunção Esteves, Presidente da
Assembleia da República e do altíssimo assalariado Dr. Miguel Ferreira,
Presidente do Sesaram, não são eleitos, porque ninguém os conhece de campanhas
eleitorais. Eles, ou foram nomeados, caso do Presidente do Sesaram, ou foram indicados
e votados por alguns eleitos que resultaram de eleições, é o caso da dita
eleição da jovem reformada da Assembleia da República, que foi eleita para
presidente no meio da maior confusão.
Mas esta gente considera-se
eleita. Eleita, porque, iluminada, é gente que se tomou da mais alta qualidade
para orientar ou gerir o pacóvio povo que eles fazer o favor de existir. Quiçá aquelas
ilustres cabeças consideram um mal menor haver povo.
2. O sr. Dr.
Miguel Ferreira achou-se no dever de sair à praça para humilhar uma pessoa doente.
O comunicado por ele promovido acusa os familiares da pessoa doente e todos os
que se envolveram nesta causa de promoverem uma burla, só porque contribuíram para
ajudar no tratamento de uma doença, que alguém devia ter tido o cuidado de
tratar, mas não o fez, porque é irresponsável e assim sendo ainda devia receber
palmas ou um prémio por tal procedimento.
Pelo meio da
campanha solidária, não viram os responsáveis por esta situação que estávamos perante
uma vergonha? Que estávamos perante um precedente grave? Não viram que os
cidadãos saem desta história cheios de preocupação alarmante, porque hoje era a
Rubina, amanhã outro nome qualquer… Façam-me um favor. Melhor seria estar em
silêncio, meditar sobre tudo isto e não contribuir ainda mais para o alarme
social em que estamos mergulhados. Que Deus nos livre de ficarmos doentes.
Pois, tendo em conta este género de pessoas que estão a desgovernar as
instituições elementares para o nosso bem-estar, o melhor é fazermos tudo, mas
mesmo tudo para que a doença não nos bata à porta.
3. Vamos agora à
«eleita». A jovem reforma Presidente da Assembleia da República, que do alto do
seu pedestal, com aquela voz irritantezinha proclamou puxando dos seus galões:
«não fomos eleitos para sermos ofendidos» e mais esta pérola, citando fora de
um contexto absurdo Simone de Beauvoir: «não podemos permitir que os nossos carrascos
nos criem maus costumes». Dixit a jovem reformada «eleita» presidente após um
processo eleitoral lá naquela casa da democracia envolta em polémica e numa
confusão que até hoje ninguém percebeu, porque ninguém explicou. Uma frase
tomada fora de contexto e dá realmente uma «irrevogável» asneira. Uma frase dirigida
aos nazis na França ocupada e que queria dizer que o seu povo não podia submeter-se
nem muito menos habituar-se às bárbaras atitudes dos nazis levadas a cabo na
França.
Esta Drª jovem
reformada e todos os outros irresponsáveis que tomaram de assalto o país e as
instituições democráticas, consideram-se os eleitos. Quer dizer, os iluminados,
os predestinados para nos desgovernarem, porque não estão ao serviço do povo,
mas vergados até ao chão a troicas e baldrocas que tomaram o nosso país de assalto.
Assim sendo, tomam-se o direito de reclamar aos gritos porque foram ofendidos,
mas eles podem ofender, espoliar, acusar e debitar os piores epítetos contra o
povo que deviam servir com o maior desinteresse.
E assim lá vai
este país entregue a gente que viola todas as leis, que se deixa corromper e
que se vão à barra do tribunal não são acusados de nada ou os processos são arquivados
ou saem absolvidos. O esbanjamento dos dinheiros públicos afinal não é crime,
pode ser um acto heroico e quando deixam os cargos onde desbaratam tudo o que
puderam são laureados com estátuas e com o seu nome estampado nos cantos de
ruas ou de avenidas. Estes «carrascos» do povo vão aos poucos desbaratando as
leis democráticas, violando a Constituição, desrespeitando as instituições,
desbaratando a cultura e o povo português, pouco ou nada se passa e desejam que
o povo lhes agradeça pela pobreza e pela fome que vai passando.
Resumindo e concluindo,
só merece respeito quem se dá ao respeito.
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