1. A ganância
está a conduzir à morte a humanidade e a destruir irremediavelmente a «nossa
casa comum», o planeta Terra. O único planeta conhecido que permite o sustento
da vida. Mesmo assim, sendo o único planeta que permite a vida para já, a
humanidade pouco e em nada arrepia caminho no domínio da ganância e, por isso,
continua sem que trave a exploração desenfreada perante os bens da natureza e
pior ainda alimenta insaciavelmente a ideia de que para alguns dominarem tudo,
têm que subjugar meio mundo.
2. Tanto assim é
que alguns elementos tão comuns, mas essenciais para a humanidade, por exemplo,
o desporto, a política, a cultura e a religião, que deviam educar a humanidade
na fraternidade e na amizade, converteram-se em formas repugnantes de ganância
de alguns mais fortes, que acham terem o direito de ter mais que os outros e
que podem mandar como muito bem entendem quem está mais abaixo.
3. Tudo isto
resulta porque, embora assumindo-se a ideia de que se considera a humanidade toda
igual, mas na prática não passa de pura ilusão utópica e moralismo hipócrita, sempre
lembrado por alguns para que façam valer as diferenças, o domínio de uns sobre os
outros, isto é, uns serem supostamente melhores do que outros. Então, temos a
corrupção disseminada, como filha dileta da ganância. Não é que a corrupção
seja a fonte da ganância, mas a consequência desta, que origina tantos males
para a sociedade em geral.
A raiz dos problemas
que temos, especialmente, a desigualdade e a injustiça, é a ganância. Ela não é
combatida e pouco ou nada se fala, é muito normal falar-se da corrupção, que é
sempre a consequência e nunca a raiz dos problemas, mas nunca é habitual
falar-se da ganância como fonte das misérias de uns contra os outros.
Tanta desgraça
em nome da ganância, que derivaram de guerras e sistemas fascistas montados sob
o alicerce da ganância. Os preços para o nosso planeta são elevadíssimos, quer
materialmente e quer humanamente. Não há nada mais terrível para hipotecar o
futuro de todos do que a ganância.
4. A ganância
faz parte do quotidiano. É uma realidade subjetiva que acompanha os povos, os
estados, as famílias e cada pessoa por si mesma. Daí todo o sofrimento que presenciamos
numa grande parte das pessoas, porque esse fantasma tormentoso semeia o medo e
impede a vontade de viver. A ganância mata, porque em muitas situações é um
crime, que devia ser julgado pelas leis dos tribunais. Os seus autores quando a
tivessem levado a extremos criminosos deviam ser julgados em conformidade.
A principal
razão para a desigualdade do mundo radica na ganância, porque faz de alguns uns
privilegiados e outros tantos (a maioria) as vítimas necessárias para que o «bem
bom» desses tais possa ser uma realidade. Enquanto o mundo
se fizer com privilegiados, legitimados pelo moralismo pacóvio que nos domina,
nada de bom virá para o nosso planeta e a humanidade continuará irremediavelmente
envolta neste ciclo vicioso de dominadores e dominados sem fim à vista.
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