Escutemos atenciosamente Eduardo
Lourenço:
- «O que é para nós um Deus que foi
pensado muito por Santo Agostinho e definiu que Deus é aquilo que é mais
interior a nós próprios. Nós somos uma centelha do divino, qualquer coisa como
uma alma».
- «A coisa mais dramática do Ocidente
como história ética, religiosa foi termos descoberto o facto que nós já não
somos fundamentalmente uma alma, somos alma, o que nos carateriza é que somos
alma, seres que não seres profundamente naturais, um corpo igual a todos os
outros corpos que nós conhecemos na natureza».
- «A morte é aquilo que nos acompanha
sempre e nós a fazermos de conta que não percebemos. É um jogo perpétuo. Mesmo
em sonhos nunca morremos. A morte do outro é a nossa própria morte, essa é a
verdadeira morte. A morte é negação de tudo. Passamos a vida a inventarmos
estratégias que retardam esse encontro com a morte. Mas nós necessitamos disso
para viver. Não temos escolha. Já está tudo escolhido. Não há escolha. Nós não
existimos por nós próprios, por isso a verdadeira morte é a morte do outro».
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