Para o nosso fim de semana. Sejam felizes sempre, nunca prejudicando ninguém...
Na pobre casa da avó a luz a petróleo lentamente
apagou-se.
confirmei. Se não era eu que morria sem aviso prévio.
Não eram sementes lançadas na terra da esperança
nem grãos que debaixo do sereno se abriam pela manhã.
Todavia serenamente esperei pelos passos seguros
daquela mulher
que restabelecia sempre a felicidade da luz a todas as
horas.
Não falhou outra vez quem eu esperava como todas
vezes
quando buscava no fundo do depósito da reserva
aquela medida milagrosa dádiva divina da alma
que o fogo consumia dentro dos meus olhos.
Era a viagem impagável do sangue - minha avó
que trazia na abada do vestido a claridade do céu.
Não tinha janela aquele lugar, porém, a velhice, uma
porta
generosa. Que não sendo magia extraordinária
mas sabedoria vinda de longe
me fez rebentar por dentro um raio
- e depois fez-se o silêncio.
JLR
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