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terça-feira, 31 de outubro de 2017

O dia das bruxas – coitado do 31 de outubro

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Imagem Google
1. É sempre bonito ver as escolas em festa. Aprecio as festas do Natal, as do Carnaval, as da Páscoa, as do desporto e todas as que estão relacionadas com os aniversários da escola e com tantas outras actividades culturais e recreativas que as escolas levam a cabo. Porém, entristece a festa das bruxas que várias escolas celebram neste dia.

2. As crianças – algumas porque as diferenças económicas de muitas famílias criam sempre um ambiente de descriminação e de diferença muito grave também neste aspecto – passam vestidas de bruxas, de bruxos, de zorros e outras figuras aberrantes e negativas. A carga negra que isto implica não me convence nada que seja benéfico para educação das crianças. Entendo que serve mais à causa do medo. Também serve para que as pequenas cabecinhas inventem fantasmas e negativismos que os irão acompanhar na vida toda.

3. Falo do que sei e da experiência concreta nas minhas lides com pessoas marcadas por bruxarias e todas as macaquices deste género que os adultos semearam na infância. Daí terem que percorrer todas as seitas religiosas, movimentos carismáticos, exorcistas, bruxos ou mágicos, para que as libertem dos medos e das desgraças que carregam na cabeça. Também vale a pena não esquecer o que é já um dado mais que badalado, o mercantilismo que esta festa implica.

4. Mas nem tudo é mau. Ouvi a notícia que por estes dias algumas escolas católicas no Norte da Europa iriam vestir as crianças neste dia de santos. Interessante e educativo, porque marca os pequeninos com uma memória positiva e com ensinamentos baseados em pessoas concretas, históricas e com vidas exemplares.

5. Assim sendo, seria necessário chamar à colação um certo discernimento às cabeças adultas e para que não se cansem de transmitir às crianças o que de melhor tem a vida e tudo o que ela implica de bom e de belo. Mais importa que saibamos todos sermos sempre positivos e apresentar imagens de luz no coração das crianças. Dará o mesmo trabalho, até penso que custa menos dinheiro e tempo, ser mais positivo e menos negativo. 

1 comentário:

Unknown disse...

Leio frequentemente o seu bloque Sr. Padre, embora não seja muito de comentar.
Na minha infância, sempre se celebrou o Pão por Deus, e confesso que me faz confusão que esta Nossa tradição esteja a ser esquecida. Graças a Deus os meus filhos estão em escolas católicas (equiparadas a públicas) e o que é celebrado é o nosso Pâo por Deus. Fico feliz quando vejo a alegria dos meus filhos quando levam o Pão por Deus para a escola para partilhar e depois chegam a casa com o seu saquinho todos contentes, com a sua partilha. Peço desculpa pelo comentário ja longo; mas faz-me confusão não valorizarmos o que é nosso. Um grande abraço Sr. Padre, Rute.