Publicidade

Convite a quem nos visita

sábado, 7 de outubro de 2017

O universo é um imenso altar

Ao Sétimo Dia
A grande Simone Weil, há mais de 60 anos pronunciava-se deste modo: «Eu reconheço quem é de Deus, não quando me fala a respeito de Deus, mas pelo modo como fala e actua nas coisas deste mundo». Este pensamento é extraordinário e confirma a mesma ideia da frase da Carta de São Tiago 2, 26: «Assim como o corpo sem espírito está morto, também a fé sem obras está morta».
O acontecer de Deus é sempre pela mediação do amor. Nunca pela imposição nem muito menos pela violência. Tudo errado quando se faz passar a ideia do castigo e que do alto se abate implacávelmente o devido corretivo quando as falhas do mundo acontecem. Um sacrilégio que violenta a misericórdia infinita e a única substância que enforma o Deus de quem estamos falamos, o AMOR.
Por esta via a teologia devia ser feita por cada pessoa pelo jeito como olha as coisas deste mundo e como fala delas. Só pode verdadeiramente vê-las e falar delas pela óptica do amor, se os seus olhos desbravarem sinais ou vestígios divinos.
A verdadeira espiritualidades não é apenas e só deixar-se cobrir com o manto do religioso, mas é antes assumir atitudes de amor que permitam considerar como bom, belo e estéticamente divinos, toda a imensidão das criaturas que o universo nos dá a contemplar.
O universo inteiro é um imenso altar, onde podemos perscrutar a presença de Deus. É urgente que a humanidade inteira se volte para a natureza em geral e cuide dela, porque nela está a mão e o coração de Deus.
A vida está ameaçada e não será seguramente só e apenas Deus a salvar o que há para salvar, mas todos e cada um de nós, somos convocados a nos reunirmos à volta do altar da criação e celebrar o encontro do amor que nos leva à prática da fraternidade com tudo o que nos rodeia.

Sem comentários: