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quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Os bons pensamentos e bons frutos

Pão quente:
Domingo XXVII tempo comum
Os pensamentos, estão para a vida na mesma medida que a vida está para os pensamentos. O grande estudioso do cérebro, o cientista António Damásio, diz que a alma está no cérebro. Considero esta conclusão muito interessante e importante, porque o bem mais preciso que Deus deu à humanidade é a inteligência. Curiosamente, penso que não haverá ninguém que não considere que a inteligência está no nosso cérebro. Por isso, se este é o bem maior que Deus nos deu, então, ele faz parte da nossa alma. São Paulo, apela que se centre os nossos pensamentos no pensar de Cristo. Quais são os pensamentos de Cristo? - Eles são: "Tudo o que é verdadeiro e nobre, tudo o que é justo e puro, tudo o que é amável e de boa reputação, e o que seja digno de virtude e de louvor, é o que deveis ter no pensamento". Aqui está a lista do conteúdo do pensamento positivo que muitas vezes se vê apregoado pelos vários mestres e que Jesus não deixou de considerar também.
Na realidade eles são difíceis de atingir. Esta lista são valores da alma, que precisam de inteligência para serem levados à prática. O Apóstolo quer ensinar-nos que facilmente os nossos pensamentos se perdem em ninharias e em conteúdos inúteis que não servem para nada e para ninguém.
O pensamento não se controla, é verdade. Mas pode ser conduzido e facilmente desviado, basta fazer um pequeno esforço e uma certa ginástica mental. 
Nessa busca de bons pensamentos, descobrimos no grande pensador Carlos Jaspers o sentido do filosofar como um "estar a caminho" e como um "despertar"; Bertrand Russell, coloca o centro dos pensamentos no verbo "interrogar", as ideias não escorrem sem esse sinal de interrogação constante; Merleau-Ponty radica-o na palavra "criticar"; Le Roy, ensina que não basta debulhar ideias, elas terão sentido quando o pensamento segue o caminho da "unidade", isto é, "unificar" é crucial para a conjugação dos pensamentos e das ideias; por fim, o nosso incontornável Antero de Quental recorre ao verbo "duvidar", que por vezes assusta alguns, mas é sempre necessário para crescer e permitir a evolução dos pensamentos e das ideias. 
Daí que bons pensamentos, produzem bons frutos. Deve ser por aí, que Jesus identifica o Reino de Deus, quando está traduzido na prática de cada um de nós como sinal desse Reino, se soubemos conjugar «bons pensamentos» com «bons frutos».  

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