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sábado, 21 de janeiro de 2017

Génesis

Ensaio poético para o nosso fim de semana. Sejam felizes, nunca prejudicando ninguém.
Respiro o ar da luz que faz a existência
do mundo todo quando cabe numa mão
mesmo que eu não tenha um justo merecimento
do húmus sagrado na hora do Génesis que fez o homem.
mas há sempre o vidro embaciado pelo fogo
quando um princípio se faz pela manhã de uma semente.

Respiro o trigo recolhido porque despertei com fome 
então comi o pão por direito
quando antigamente o homem era escravo vergado
como o ressoar da água na cascata do abismo.
Uma nuvem solitária, líquida que se fez chuva 
sobre a pele e a carne de todas as palavras 
medidas pelo frio do medo que não permite o voo
sobre as colinas do tempo, logo no começo. 

Respiro isolado naquela margem onde se ouviu a voz
desde a origem de um tsunami altivo 
sou eu barro não cozido, frágil como o vento
mas melhor seria um espírito sentido pelo fogo
no começo que nunca mais ninguém entendeu.
JLR

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