1. Ainda não sabemos
como será o futuro no domínio do trabalho humano. Hoje sabemos que ele é
importante para a realização humana, para o sentido da vida e para que cada ser
humano ganhe com a sua vontade e criatividade o sustento necessário à sua
sobrevivência. É deveras importante para ser pessoa ter um trabalho digno onde
cada um expressa o seu saber, a sua dedicação e o quanto é necessária a sua ação
para fazer mover o mundo e a vida. O trabalho dá sentido à vida. O trabalho
embeleza o mundo e serve para fazer sorrir as comunidades humanas, as famílias
e cada pessoa individualmente.
2. Quando a escassez de
trabalho se faz sentir, emerge a tragédia do desemprego que faz mergulhar a
sociedade na depressão, na crise e no desespero quem passa para a condição da
inatividade e do desemprego.
3. O futuro do trabalho
tal como o concebemos parece estar envolto numa nebulosa de incerteza. Não
quero tomar esta incerteza como alimento de pessimismo catastrofista em relação
ao futuro. Com o início da Revolução Industrial, muitos se inquietaram e
ninguém foi capaz de prever como seria o trabalho e o emprego nos anos
subsequentes, mas a humanidade evoluiu e criar um mundo novo cujo bem estar
humana e a qualidade da vida foram as consequências mais extraordinárias.
4. Também hoje estamos
com os mesmo sentimentos face à revolução tecnológica que se avizinha e que em
muitos domínios da vida humana está aí bem perto de nós. As máquinas começam
cada vez mais a substituir as mãos humanas. Tanta coisa coisa que se faz hoje
que antes requeria uma porção enorme de braços, mas hoje bastam apenas alguns e
nalguns casos nenhuns. Logo se vislumbra mais inatividade humana e mais
desemprego. Daí que muito jovens hoje se perguntam para que estudam tanto, para
que se prepararam tanto universitariamente falando a contento de tanto sacrifício
pessoal, familiar e da sociedade para depois ficarem desempregados, embora
carregados de títulos académicos inúteis... É dramático.
5. Mas, em todo o caso,
devemos continuar a apostar da educação/formação fortemente. Porém, requer-se
dos jovens todo o cuidado nas escolhas que fazem ao nível da formação. Devem
especialmente e quase obrigatoriamente ter em conta uma formação com vertente
tecnológica bem vincada. Este será o futuro e como em outros momentos da
história não devemos temer o que vier, antes de qualquer pessimismo devemos
iluminar o coração e a alma com a esperança, para que prepararemos
convenientemente esse futuro para todos e com todos.
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