1. Viver sem pensar é ser um duende, um
alienado, um empurrado pelas ideias dos outros, alguém que vive no cativeiro de
si mesmo ou acantonado num mundo tão diversificado e pluralista.
2. O melhor que
temos é a nossa personalidade hirta e convicta. Tantos não gostam que se tenham
consciência dessa condição ou dessas qualidades que a vida nos concede. Muitos
querem-nos abúlicos, indiferentes. Auto delegaram-se do nosso nós (eles querem
ter o meu eu, ou o teu tu). Não deixemos.
3. Nós somos ativos
participantes e não a-históricos, também, nesta grande comunidade que se chama «humanidade
neste mundo». Temos muito que dizer e para fazer. Não somos insubstituíveis. Quem
pensa que é, engana-se e deve fazer uma visita a um cemitério onde jazem tantos
que pensavam assim.
4. Mas não devemos
ter medo desses dos algozes e verdugos que pairam por aí. Em vez de, andarmos tão
preocupados e empenhados a criticar a dialética do ter e do não-ter, da pobreza
e da riqueza, devemos pensar que somos agentes históricos da solidariedade e de
uma melhor e maior igualdade para todos.
5. A luta pela inclusão deve ser um propósito constante em nós e que em
cada dia deve ser lembrada. Essa ideia de que todos têm direito à dignidade, ao
pão e ao chão nunca pode ser esquecida.
6. Não viemos ao mundo para passar férias. Estamos no mundo para
humanizá-lo, respeitá-lo, transformá-lo em cada dia que a existência nos
proporciona a dádiva do acordar para a vida. A realidade concreta chama e
convoca cada um para esse encontro com a alegria das coisas e para a felicidade
que deveria acontecer sempre que se está com os outros. A luz da coragem nunca
se deve apagar.
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