1. Não pretendo arvorar-me em autoridade moral de um povo inteiro nem muito menos pretendo ser nada além daquilo que sou, um cidadão como tantos outros que nasceram neste país chamado Portugal, mais precisamente numa ilha Atlântica pertencente a esse país. Mas, que não vive por viver, estou atento ao que se passa é que perante isso reflete e faz refletir os outros sempre que pode. Por causa dessa circunstância devo dar-me ao direito de imaginar o que nenhuma entidade dirá ao Papa Francisco nesta peregrinação que ele faz ao Santuário de Fátima pela ocasião da celebração de um século das aparições ou visões que os pastorinhas tiveram naquela Serra.
2. O nosso país é pobre e parece que sempre o foi, se alguma vez foi rico, não passou de um fugaz momento, que pouca marca deixou para o seu futuro. Tem sim, uma riqueza inigualável de um povo que se mantém estóico a lutar pelo pão e pelo chão mesmo que as suas armas quotidianas sejam a pobreza. Ainda há poucos dias as notícias disseram que Entre 2009 e 2014, Portugal ultrapassou os 2 milhões de pessoas a viver abaixo do limiar da pobreza. Nesses anos, mais 116 mil pessoas entraram em privação material severa e engrossaram a lista de portugueses a viver na pobreza extrema. Um quarto dos novos pobres são crianças.
3. O estudo "Portugal Desigual", da Fundação Francisco Manuel dos Santos sobre os anos da crise, revela que os portugueses mais pobres foram os mais afectados pela crise. Nos anos da crise, os portugueses perderam, em média 116 euros mensais, cerca da 12 % dos rendimentos. A classe média também perdeu, mas menos que os mais pobres que perderam cerca de 25 % dos rendimentos mensais. Os 10 % dos portugueses mais ricos perderam 13% de rendimentos. Entre 2009 e 2014, quase um terço dos trabalhadores por conta de outrem ganhava menos de 700 euros mensais. O estudo sobre as desigualdades sociais revela que hoje um em cada cinco portugueses vive com menos de 422 euros mensais. (Continua). Fonte: Sic-notícias.
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