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terça-feira, 20 de novembro de 2012

Este país não é para pessoas

Dia de farpas 
Ao que chegamos… A um patamar que nos leva a dizer esta barbaridade. Estamos num país que não é para pessoas. E quem diz um país diz a nossa região, que continua no desmando de levar adiante políticas esbanjadoras de dinheiro. Teimosamente erguendo obras desnecessárias, cortando nos bens essenciais da saúde e da educação. Mas, mantendo escândalos como o ex-Jornal da Madeira, as chorudas subvenções aos partidos sentados na Assembleia Regional e o insultuoso acumular de salários e reformas de alguns privilegiados desta pseudo-democracia.
Um país/região de onde se diz que já não é governado, mas desgovernado por gente que se plantou nos cargos políticos para beneficiar os familiares, os amigos e os militantes (os bajuladores ou os lambe botas dos sortudos que chegaram a chefes) do seu partido. Face a isto não nos pode saltar senão esta palavra, desgoverno. Mais ainda se considerarmos que todas as medidas levadas a cabo não pensam nas pessoas, nas famílias, nas crianças, nos idosos, e nos jovens que mergulharam no pecado de serem jovens sem oportunidades de emprego e com um futuro mais do que ameaçado pela terrível incerteza.
O país/região inteiro está rebentado, falido e sem horizontes nenhuns. Responsáveis? - Alguns preferem dizer que fomos todos nós, o povo português. Nada disso. Quem destruiu tudo isto foram os mesmos que se apresentam para salvarem. O destruidor nunca pode ser salvador. Porque falham em toda a linha. Onde deviam cortar não cortam. Mantêm todas as mordomias que ainda os assistem. Como se pode compreender que os ministérios no Orçamento de Estado levem uma fatia de dinheiro com um aumento em relação aos anos anteriores? - Incompreensível, quando se antevê mais cortes em sectores essenciais para a sobrevivência das pessoas, um aumento colossal de impostos em toda a linha e que vai provocar ainda mais desemprego, mais pobreza e fome. Tudo errado e tudo contra as pessoas.
O que mais se percebe é que promessas que estes desgovernos vão fazendo merecem a dose de desconfiança na proporção que não são cumpridas. Um horror ouvir-se estas pessoas agarradas ao poder, porque mentem compulsivamente e sem vergonha, prometem mundos e fundos que depois descaradamente não cumprem, mudam ao sabor do que as forças externas, obscuras lhes impõem. Há uma ditadura de um capitalismo selvagem escondido que vai destruir isto tudo.
Entre nós, também continuamos a fazer da Madeira um lugar inabitável para pessoas. O orçamento aumenta o défice, mantém o escândalo ex-Jornal da Madeira em parceria com a Diocese do Funchal, 4 milhões para campanha eleitoral permanente e para a publicação de fotografias de algumas figuras da Igreja do Funchal. Também às vezes faz uns pequenos anúncios de coisinhas religiosas. Sem esquecer que também às vezes ataca ferozmente alguns padres e outros cidadãos com termos indecorosos.
Também mantém o luxo que alguns beneficiam insultuosamente com brutos salários juntando à acumulação da choruda reforma. Este bailinho só acontece na Madeira, porque sim… E ponto final. Nada disso, um insulto contra as famílias que estendem a mão à vergonha da caridade para matar a fome. Elas são famílias numerosas que sobrevivem com míseras reformas dos idosos ou de alguma empregada doméstica que aufere uma miséria de salário de 400 a 500 euros.
Esta miséria devia fazer parte dos orçamentos e devia pensar nas pessoas não só para lhes extorquir mais impostos, mas devia pensar criar oportunidades de emprego para que as pessoas pudessem ganhar o seu sustento com dignidade. Mas, parece ser mais fácil uns míseros donativos para a caridade. Coisa terrível, que está a gerar uma anarquia nunca vista. Todos os organismos sociais entraram nesta moda da caridade. Os partidos políticos foram os primeiros, uma parte da subvenção da Assembleia também vai para esse populismo perigoso que instrumentaliza os pobres, o que lhes permite se servirem de uma imagem para se promoverem.
Nesta coisa da caridade. A pior desgraça é que entramos na confusão generalizada das ajudas e da caridade. A vergonha de ser pobre nalguns meios vai acabando, o que é um bem por um lado, mas por outro, faz sair muita gente que se acomoda à condição de pobreza porque recebe o «peixe já cozinhado» de tanto lugar. Uma desorganização geral que conduz ao delírio uma série de entidades que deviam estar empenhadas na luta pela justiça e não pela caridade. Todas as organizações caritativas deviam ser provisórias e só existirem em determinados momentos, findos esses momentos começaria o tempo da justiça e da distribuição da riqueza de forma equitativa.
Porque a justiça e a distribuição equitativa dos bens não acontecem, então, reafirmo, este país, esta região cada vez mais se tornam lugares inóspitos para pessoas. Daí que se compreenda cada vez melhor a fuga de valores para o estrangeiro. Mas vamos pagar bem caro esta tragédia.

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