O que a fé não é (6)
A fé não é uma muleta
A não é uma muleta.
Nalguns momentos pensou-se que a fé seria uma muleta para os fracos. Todos os
que fossem diminuídos de inteligência, ignorantes, doentes, pobres, fracos em
alguma coisa, recorriam à fé como uma muleta para os safar do seu caminhar
cambaleante. Quanto pensamento gasto a engendrar que a religião só seria para
pobres e fracos…

Para o assunto em causa
o mais importante será compreender que a fé não é uma muleta em nenhuma circunstância,
mas um caminho que em nenhum momento recusa a dúvida e o pensamento como
procura fundante deste acolhimento para servir a construção deste mundo.
Em qualquer
circunstância o que se exige é que as pessoas sejam sérias, se a fé está unicamente
apenas para quando surgem os insucessos e as frustrações e a ela se recorre
como último recurso para a cura, estamos aqui perante uma muleta. Se o
agnosticismo, o ateísmo e a indiferença servem para manifestar superioridade
acusando os de terem a fé como muleta, estamos também perante muletas que dão
imensa utilidade à arrogância. Nenhuma condição deve servir para acusar ninguém
nem para fazer da existência pessoal a única forma para ser e estar no mundo.
Na diversidade dos
caminhos se levados a sério e se induzem à luta pelo bem comum, são meios
excelente e eficazes para a construção do mundo naquilo que mais se espera que
aconteça. Que nele habite uma humanidade fraterna, amiga e empenhada na
construção da beleza, da bondade e da verdade.
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