Farpas
«Como mudam os tempos!
Agora, a gente toma a sério os palhaços
e ri-se dos políticos»
Will Rogers
Como dá vontade de rir tanta coisa que norteia os
políticos de hoje:
Os seus compromissos atraiçoados após a eleição.
As mentiras que dizem todos os dias.
A defesa do indefensável.
A falta de liberdade dentro dos seus partidos.
O desrespeito pela diversidade.
A submissão a Angela Merkel contra o respeito pelos
seus eleitores.
A falta de valores e princípios democráticos.
O mau feitio que assumem quando perdem.
O desrespeito que denotam quando os outros falam.
A tendência compulsiva para gastarem o dinheiro que
não lhes pertence.
A vontade doentia que revelam em fazer obra.
A loucura ou delírio que revelam para as inaugurações.
O desrespeito pelo bem comum.
O gosto pelo dinheiro.
O gosto pela criação de tachos.
A propensão para a caridade.
A confusão entre pobreza e miséria.
O tentarem convencer-nos que pobreza é positivo,
miséria é que é negativo.
A fidelidade aos poderosos.
A aplicação da austeridade como um desígnio, uma
missão.
A insensibilidade perante o desemprego.
A insensibilidade perante o desemprego.
A leviandade que revelam na promoção da carga de
impostos.
As taxas que impõem sobre todos sem olhar aos mais
indefesos.
O desprezo
pela cultura.
A hipocrisia da sua religiosidade.
As benesses que concedem a uns em detrimento de
outros.
O considerarem-se perfeitos. Não erram. Nunca.
Quando há falhas é sempre culpa dos outros ou de
qualquer coisa que não seja deste mundo.
Quando desprezam os talentos a favor da bajulação e
dos lambe botas.
Quando se calam perante a injustiça.
Quando o medo os assiste.
Quando a corrupção e o compadrio marca as suas
opções.
Quando não cumprem as leis que eles mesmo aprovaram.
Quando não fazem tudo para fazer avançar a justiça.
Quando não se submetem à justiça.
Quando abusam do poder que deviam sempre considerar
provisório, porque estamos em democracia.
Quando usam e abusam do povo.
Quando compram votos com vinho seco, espetadas e
passeios de borla.
Quando fazem da vida das pessoas um jogo sórdido.
Quando se tornam zarolhos perante a realidade.
Quando não ouvem ninguém.
Quando reagem com violência contra as opiniões e
críticas contrárias.
Quando condenam alguém que não verga as costas ao senhor da
terra, do céu e dos mares. Porque simplesmente obedece mais à sua dignidade do
que aos interesses de ocasião.
Quando vendem gato por lebre.
Quando contraem dívidas para os outros pagarem,
porque querem dar de comer à sua fome de obra a torto e a direito.
Quando vertem lágrimas de crocodilo se passando por
vítimas.
Quando choram ingratidão porque entendem que qualquer
opção saiu fora da vassalagem.
Quando promovem o pensamento único.
Quando promovem os familiares, amigos e militantes do seu partido.
Quando estão para saciar a fome dos seus interesses pessoais e dos seus.
Quando gastam o que temos e o que não temos para
levar adiante teimosias e vinganças.
Quando alimentam meios de comunicação social para
fazerem campanha das suas trapaças.
Quando atraiçoam compromissos.
Quando vira a casaca porque lhes interessa um emprego mais confortável.
Quando estão no poder pelo poder.
Quando não concebem o poder como um serviço.
Quando fazem da chuva sol e do sol chuva abundante.
- Assim se faz uma
lista enorme de piadas que dão mais que razão à citação que acompanha este rol
logo no início. Vá lá, divirtam-se com as palhaçadas que a vida democrática
hoje nos vai reservando. Porém, não se riam muito porque tudo isto nos custa os
olhos da cara. É preciso também tomar consciência e reflectir muito sobre tudo
isto que alimentamos, porque merecemos efectivamente melhor. Que o bom senso
nos ajude.
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