Foi
a mensagem principal do Congresso do Partido Social Democrata da Madeira, dita
pelo líder nacional do PSD, que também é Primeiro-ministro de Portugal, Pedro
Passos Coelho. Fiquei encantado com esta frase, serve para exorcizar todos os
fantasmas que nos últimos tempos nos andam a perseguir.
Quando
feito o anúncio da vinda do líder do PSD ao Funchal botar palavra no congresso
dos laranjas de cá, ainda pensei no que poderia servir esta visita ao Funchal
senão para levar em cima uns apupos e ouvir uns mimos de alguns que andam
ressabiados com a «santa» austeridade e com os políticos que desgovernar isto,
especialmente, o cabecilha Pedro Passos Coelho. Ora se o sr. ia ouvir poucas e
boas, mas as previsões de tempestade reteve em casa todas as pessoas.
Foi
bom assim, porque o homem manteve a serenidade e ainda disse algumas para os de
cá ouvirem e meterem a viola no saco quanto a algumas coisas do costume, por
exemplo, a independência da Madeira e a revisão constitucional. E fica esta
frase como o melhor que se podia ouvir neste momento, «não vale a pena perder
tempo com fantasmas».
Não
podemos estar mais de acordo e radiantes com tão sábia conclusão. Para que
serve perder mais tempo com gente que não sabe uma série de coisas elementares
para uma boa administração do bem comum e que fecha os olhos a tudo o que seja
grito de sofrimento, de fome e de miséria sob o jugo terrível da dupla
austeridade?
Os
fantasmas persistem entre nós, não merecem que se gaste tempo nenhum. As
incongruências de máximas relacionadas com a tolerância, a transparência, a
pluralidade da comunicação, a democracia dentro e fora dos partidos, o
desrespeito pela crítica, a loucura dos gastos em obras desnecessárias em
linhas de água, na costa marítima e em locais perigosos ou em reservas da
natureza que deviam merecer um grande respeito porque a natureza é um bem de
todos e quando violentada, alterando-se as suas regras põe em causa a vida e os
bens de todos. Não digo que estes assuntos por si não mereçam todo o nosso
empenho, atenção e reflexão. O que não merece atenção nenhuma e que não se
gaste tempo, são os delírios de doutrinas que se tem produzido para violentar e
falar de coisas que não se leva à prática. Não passam de fantasmas que
atormentam a solidão de muitos que na sombra do poder pensam ser os únicos
esclarecidos, os sábios que nasceram para serem os salvadores do mundo, os
iluminados de coisa nenhuma que não respeitam as mais elementares regras da
democracia e depois soletram doutrinas de como se deve ser democrático e de
como se de levar à prática a doutrina da tolerância, o bom governo da coisa
pública, a pluralidade de algumas coisa, o respeito pelo diferente e tanto blá,
blá que se vai ouvindo... E que nos torra a paciência.
Agora
sim, chegou a hora de concentrar esforços numa luta sem tréguas contra tudo o
que ainda faz valer o mundo pela injustiça. Vale a pena sonhar e fazer esforços
para ser possível uma sociedade mais fraterna contra todos os poderosos (vergando-os
ao crivo da lei) que tomaram de assalto os bens universais e os açambarcam para
dar alimento à sua ganancia, mesmo que com isso tenham produzido uma multidão
de pobres atrás de si. Os fantasmas, das grandezas exacerbadas deve ter um fim,
e já, antes que seja tarde de mais.
A
frase de Pedro Passos Coelho, não poderia soar melhor e mesmo que corresse o
país inteiro e a pronunciasse à saciedade por todo o canto não poderia surtir
tanto efeito como cá. Porque a nossa terra está envolta em terríveis fantasmas
que fazem tremer imensa gente. Os fantasmas estão por todo o lado e amedrontam
todas as classes sociais. Ninguém escapa aos uivos fantasmagóricos que nos
ensurdecem de dia e de noite. Neste sentido, Pedro Passos Coelho, veio até nós
dizer-nos o melhor da festa, mas lá que deve ter feito ranger os dentes a
alguns anfitriões, lá isso deve e não foi nenhum fantasma que me garantiu esta
convicção. Bom, vamos empenhar-nos nas coisas boas da vida, porque não «vale a
pena perder tempo com fantasmas». Com toda a razão!
2 comentários:
Bom dia Amigo
Gostei da crónica pela oportunidade e pela verdade. Parece-me que o sr PPCoelho se aproveita da situação para nos dizer a todos aquilo que já sabemos:
- Aguentem-se...porque " eu posso e muito bem..."
- Esses fantasmas não me metem medo e a vossa fome é o freio com que vos seguro as rédeas curtas...
Os nossos governos (todos eles) têm sido paus mandados de toda uma ideologia com sede em Bildeberg.
Deles se pode dizer:
«Muitos são os chamados... mas poucos os não-vendidos...», a essa ideologia, como é óbvio.
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