Quanto às
sondagens, haverá para todos os gostos, mas as que surgem no contexto em que
vivemos actualmente o que mais surpreende é que os portugueses
deixaram de acreditar nesta gente dos partidos políticos.
Há a
sensação que é tudo igual na aldrabice e fica bem escarrapachado em cada
sondagem o sinal da vergonha que são os partidos políticos que se arrastam nos
corredores dos órgãos da democracia sem que nenhum se destaque como alternativa.
O que mereciam mesmo é que o resultado das sondagens todas dessem números
iguais para todos os partidos.
Os partidos
políticos no geral não respeitam o povo. Sempre que podem fazem chacota das
pessoas, da sua religiosidade, das suas tradições e sempre que podem
menosprezam, desprezam as pessoas do povo. Servem-se da sua simplicidade e até
algumas vezes do seu desconhecimento. E sem despudor, exploram a sua pobreza e
tomam os cidadãos como números que só servem para serem perseguidos para
pagarem impostos. Não recebem nem as escutam as pessoas fora dos tempos das campanhas
eleitorais. Nessa altura é tudo beijinhos, ofertas, palavrinhas simpáticas e mansas,
sempre uma imagem de bondade e de ternura, mas depois à socapa, gozam das
pessoas, achincalham as suas tradições, os seus costumes e a sua prática
religiosa e todo o modus vivendi de quem é simples, pobre e humildade diante da
vida e do mundo.
Como se
apresenta esta gente diante das câmaras de televisão? - Cheios de si mesmos,
com uma linguagem técnica, com todas as formas milagreiras para salvar tudo e
todos, mas depois de serem chamados à prática daquilo que falavam fazem tudo ao
contrário, não se lembram do que disseram, princípios e valores não é nada com
eles. O povo, esse serviu para votar, chega. Isto não é democracia. Chamem-lhe
o que quiserem, mas gente que aldraba, que mente e que viola o que prometeu não
serve sequer para «cuidar» de animais.
As sondagens
que vão aparecendo por aí são mais um sinal do desencanto, a tristeza e
o descontentamento em que os partidos políticos devotaram o povo que
deviam servir e morrer por ele se necessário fosse. Uma tristeza, estarmos
entregues a gente sem valores, sem princípios que levem ao bem comum e à
justiça. O que conta são os seus, os familiares, os amigos e os próximos mesmo
que vazios de cabeça e do que quer que seja, mas bajulam, são serviçais, são
lambe botas... Por isso são premiados. Que tristeza. Que desgraça este
desalento que as sondagens expressam.
Tudo parece
ter batido no fundo e de nenhuma área vemos qualquer alternativa nem muito
menos pessoas bem preparadas e sem interesses para tomar a sério os destinos da
vida pública.
Bom, porém, surgem uns ténues sinais interessantes
para as autárquicas, grupos de cidadãos que se organizam à margem dos
partidos políticos. Um sinal que deve ser relevado e apoiado, porque estamos todos
fartos dos joguetes da partidarite desta doente democracia que nos impõem.
Porque será que alguns partidos políticos repudiam tanto estes grupos de
cidadãos? – Pois, fazem-lhes moça e tiram-lhes espaço para continuarem a sugar
e a dominar os destinos do nosso povo como muito bem entendem. Chega... Quem
não está para servir, mas apenas para servir-se que se vá embora e que deixe a
democracia recompor-se e funcionar para o bem de todo o povo. Mesmo que seja contra os partidos viva a democracia
da cidadania. Aos partidos dado que falharam em toda a linha, reinventem-se.
Sem comentários:
Enviar um comentário