A
aragem que desliza faz frio o rosto
No
caminho que faço em cada passo movimento
Quanto
nos nossos olhos contemplo as flores que rezam
A
oração do suave momento que se desvela na paisagem
-
Ó milagre de alegria esfusiante e jubiloso traz os pássaros.
No
encontro sentido do amigo veio o sol da palavra
Mesmo
que soubéssemos distante essa presença
Bastou
dizer o nome antigo que as encruzilhadas
Como
um assombro edificaram as nossas casas
Mas
não sei senão que nas paredes refletem
O
mistério de uma ternura de luz
Que
sempre reconcilia como o perdão de um abraço
Em
cada estação da viagem perene do sentimento.
Nesta
inquietude feroz que consome os campos
Ao
abandono selvagem das ervas bravas e arrogantes.
Essas
horas proclamam a solidão vertida na água
Dos
riachos desregrada em poças mortas
Onde
já não cantam as rãs porque é a noite do mundo.
Mesmo
oculto o seu silêncio que foi maior no monte
Foi
dito num testemunho solene e soberbo de martírio
Pelas
árvores na paisagem que Deus oferece.
São
o sinal da fé que vem do centro da palavra dom
Quando
crucificada a injustiça dos grilhões da morte
No
sofrimento divino que se ofereceu no frio da vingança.
A
chuva naquela tarde fez cair nos pauis a esperança
Onde
quase sempre semearam as lágrimas na terra molhada
Para
termos nestas mãos que tocam agora o tempo
A
fertilidade da semente em folhas
Que
vieram preencher o coração em vida desabrochada.
José Luís Rodrigues
2 comentários:
Como leitora do seu blog agradeço-le este "ensaio poético.
Gostei muito.
Paulina
Um poema para meditar.
Obrigada!
Abraço.
Graça
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