O Papa Francisco na Missa
deste Domingo de Ramos, que assinala o início da Semana Santa, destacou a
importância de se ter a alegria cristã no coração, sendo esta realidade interior fonte de inspiração e
de fé para toda a vida. Parece que estamos perante uma nova linguagem. Um discurso mais de acordo com o
pulsar do mundo e da vida dos nossos dias. É isso que importa verdadeiramente
destacar. A Igreja faz-se à vida concreta dos nossos tempos e o Papa Francisco
tomou-lhe a dianteira e o exemplo.
O apelo à sobriedade, à
humildade e ao que é importante para sermos felizes continua insistentemente a
ser lembrado pelo Papa. Eis então, onde deve situar-se o coração de todos,
particularmente, o coração cristão: «A alegria cristã não nasce de possuir um
monte de coisas, mas de ter conhecido Jesus. De sete a 70 anos, o coração não
envelhece", afirmou o Papa.
O pontífice, que se reuniu
ontem com o seu antecessor Bento XVI, condenou também a guerra, a corrupção e
os conflitos, sublinhando que são crimes contra a Humanidade que Deus criou
para o amor e a paz. Nesta feliz viragem vamos percebendo como a voz do Papa
Francisco assume uma dimensão profética e vem dar razão a quem pensa que a
crise sem precedentes dos nossos dias, que conduz populações inteiras à pobreza
e à fome, resulta da corrupção, da ganância e do profundo egoísmo que assolam a
humanidade deste tempo que é o nosso.
Neste sentido afirmou o
Papa: «Olhem ao nosso redor. Quantas feridas são infligidas pelo mal da
Humanidade! Guerra, violências, conflitos económicos que se abatem sobre os
mais fracos, a sede de dinheiro e poder, a corrupção, as divisões, os crimes
contra a vida humana e contra a criação», declarou.
Mais uma vez nos alegramos
por esta luz, que emerge do fundo da crise e do meio da sombria depressão dos
tempos actuais. Que esta dimensão profética que o Papa Francisco pretende retomar
seja exemplo para todos os responsáveis da nossa Igreja Católica. Contra todas
as amarras a Igreja emerge na figura do Papa como voz profética ao lado das
pessoas, especialmente os mais fracos, os pobres. Que ninguém se esqueça de
tomar como exemplo a coragem do Papa Francisco e não permita que o seu coração
«envelheça» com o desânimo, a falta de coragem e a verdadeira assunção da sua
responsabilidade.
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