Dois organismos que se finaram na Diocese do
Funchal, «A Comissão Justiça e Paz» e um espaço eufemisticamente chamado de «Átrio
dos Gentios», porque só e unicamente o que pretendia ser, era um espaço de celebração
eucarística ao fim da tarde de domingo na Capela do Corpo Santo na pitoresca
Zona Velha da cidade do Funchal, depois, a ser possível proporia espaços de
diálogo ecuménico, cultural e social com a vida da cidade. Seria um espaço de
diálogo. Mas a intransigência foi tanta que não existiu qualquer lugar nem
muito menos uma pequena brecha para compreender o que se pretendia. Encetou-se
uma cerrada marcação completamente autista.
O que está a singrar agora é, publicitar e
dar todo o apoio ao integrismo religioso. Eles são livros de figuras ligadas ao
Opus Dei, celebrações em grande de movimentos carismáticos e o devocionismo
puro e duro. Mas, tudo o que seja abertura a outros domínios cheira a contra
poder, a incómodos absurdos. Porque o que dá entre nós não é o compromisso
militante com a transformação do mundo concreto, mas o jogo da emoção e que
cada coisa que se realize se fique só e apenas pelo «foi bonito…».
Esta falta
de compromisso com a realidade do mundo de hoje é pecaminosa e brada aos céus
porque não há fidelidade à justiça e há falta de coragem para denunciar os tenebrosos
caminhos do poder deste mundo que sem atrapalho nenhum vai implementando tudo o
que entende contra o bem comum. Um pecado grave que brada aos céus e quem tem
responsabilidades não se livrará desse incómodo de consciência. Afinal, os
pretensamente salvos que se abrigam no quentinho comodista da Igreja Católica,
não passam de «gentios» que vieram para servir-se ao invés de estarem ao
serviço convertendo-se e levando à conversão. E isto é horrivelmente grave para
ser verdade.
Fiquemos com a elevada comunicação da Diocese
do Funchal sobre o não funcionamento da «Comissão Justiça e Paz» e pelo não
avanço do grupo que pretendia estabelecer um diálogo eucarístico, reflexivo e
cultural na Capela do Corpo Santo na Zona Velha da cidade do Funchal. Escreve
hoje o Diário de Notícias do Funchal (6 de Março de 2013) a elevadíssima
comunicação urbe et orbe. Vá lá,
deliciem-se com esta reflexão quaresmal de uma instância eternamente em conclave (trancada à chave): «Tentámos saber junto do Gabinete de Informação as razões para que
não tenham sido nomeados novos membros pelo bispo da Diocese do Funchal e
também se havia intenção de voltar a colocar no activo a referida comissão.
A resposta chegou da seguinte forma:
"Pode escrever no seu artigo: a Diocese do Funchal não tem qualquer
comentário a fazer".
Já sobre o 'Átrio dos Gentios' e sobre as alegadas pressões do bispo para que a iniciativa fosse cancelada, Marcos Gonçalves agradece o interesse do nosso matutino, mas, uma vez mais, afirma não ter "nenhum comentário a fazer"». Sintomático e revelador…
Já sobre o 'Átrio dos Gentios' e sobre as alegadas pressões do bispo para que a iniciativa fosse cancelada, Marcos Gonçalves agradece o interesse do nosso matutino, mas, uma vez mais, afirma não ter "nenhum comentário a fazer"». Sintomático e revelador…
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