Domingo XI tempo
comum...
1. No tempo em
que vivemos parece não existir tempo para acudir a humanidade que Deus criou.
Por isso, foi mais fácil começar a dizer que «Deus morreu», para que muitos se
demitissem da realidade e não terem que aceitar a presença de Deus na vida e no
mundo concretos. Mas antes uma realidade das «manias» de alguns que se entretêm
com ilusões. No entanto, é preciso também reconhecer que Deus não está ausente
de nenhuma situação da vida concreta. A história da humanidade é a história de
Deus. Não é Deus que se afasta da comunhão e do amor, mas é a própria
humanidade que entretanto cria e recria os seus deuses, se desviando dos
caminhos do bem para trilhar outros caminhos que conduzem ao ódio, à guerra e a
todo o género de violências que fazem vítimas inocentes todos os dias. A auto suficiência
não é boa mestra, isola e conduz aquele que se isola à sua própria destruição e
à do mundo à sua volta.
2. Como vimos
no primeiro ponto, descobrimos que há uma seara grande e que todos os
«trabalhadores» serão sempre poucos para dar resposta a todas as necessidades.
Mas, ninguém pode ficar indiferente ao que o rodeia, deve sentir-se convidado
ou chamado a tomar a peito uma causa e fazer valer que pode ser possível
«trabalhar» em função do bem comum, não deixando ninguém excluído da mesa da
amizade, do pão e da paz. As propostas de Deus interpelam-nos e interferem nas
nossas opções, mas não nos travam as decisões de acordo com o interesse da vida
inteira. As indicações de Deus não colidem com os interesses pessoais, mas
antes devem ser uma luz para que nos empenhemos verdadeiramente no «trabalho»
da missão.
3. O Jesus que
passa, olha, olhos nos olhos e convida a «entrar» na aventura do serviço do
cumprimento dos nossos deveres com dedicação e responsabilidade. É assim que se
está ao serviço de Deus. A missa de cada pessoa, no seu canto concreto, deve
assumir o compromisso do testemunho da compaixão, do perdão, sempre ao serviço
da paz e da vida que sorri para todos. A seara é grande, todos são chamados a
participar com dedicação, seriedade e honestidade na construção de mundo onde
todos possam alegrar-se todos os dias. Nada melhor para Deus fazer valer a sua
presença.
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