A 6 de dezembro de 2015 o Papa Francisco
fez um alerta, que seguramente Donald Trump nunca deve ter tomado em conta. Por
isso, retomo essa mensagem e fica aqui para ser dirigida a Trump e ao povo dos
Estados Unidos da América.
Diz assim essencialmente: «Pelo bem da casa comum, de todos nós e
das gerações futuras, todo o esforço em Paris deve estar direcionado para
atenuar os impactos das alterações climáticas e, ao mesmo tempo, para combater
a pobreza e fazer florescer a dignidade humana», apelou, após a recitação do Ângelus, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro. Mas insistiu mais ainda: «As duas escolhas andam lado a lado:
travar a mudança climática e combater a pobreza».
Neste contexto, o Papa repetiu uma
pergunta que tinha deixado na sua encíclica "Laudato si", sobre as questões
ecológicas: «Que mundo, desejamos transmitir aos que virão depois de nós, às
crianças que estão a crescer?». Não terá netos ou não virá a ter Donald Trump?
O Papa Francisco convidou todos os católicos a
rezar para que «o Espírito Santo ilumine todos os que são chamados a tomar
decisões tão importantes» e lhes dê a «coragem de ter sempre como critério de
escolha o maior bem para toda a família humana». Um não vibrante contra o egoísmo que persegue a humanidade nos tempos em que vivemos, ainda mais depois de percebermos que tudo está interligado quer na natureza quer nas nossas vidas.
Esta intervenção do Papa surgiu dez dias
depois de o pontífice argentino ter dito em Nairobi que um eventual fracasso na Conferência da ONU sobre Alterações Climáticas seria «catastrófico»
para a humanidade. Não falhou na altura, mas falhou agora, pela cabeça pequena do Presidente da América.
«Seria triste e – atrevo-me a dizer –
até catastrófico se os interesses privados prevalecessem sobre o bem comum e
chegassem a manipular as informações para proteger os seus projetos», advertiu,
no escritório da ONU na capital do Quénia, perante Achim Steiner,
diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Agora percebemos o semblante carregado e preocupado do Papa Francisco nas fotos na ocasião em que recebeu Trump.
A COP21 decorreu em Paris entre 30 de
novembro até 11 de dezembro de 2015, procurando alcançar um acordo mundial
sobre metas vinculativas de redução de emissões de gases com efeito de estufa
para substituir o Protocolo de Quioto e limitar o aumento médio da temperatura
global em 2º graus. O Acordo de Paris foi assinado por 171 países. Agora sai,
egoisticamente, os EUA, porque, a «América first» de Trump reduz-se a dinheiro
e negócios. Afinal, nada de novo se pensarmos que este egoísmo tem como porta estandarte
um perfeito imbecil.
Ainda não percebi quem será o mais
responsável por esta tragédia, se Trump, se os eleitores que votaram nele ou se
a irresponsabilidade das políticas do passado recente que «brincavam» com a democracia
e com os povos? - Fica a questão para debate...
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