António
que fostes santo
Primeiro
Fernando de Bulhões
Para
quem foi pobre e tanto
Ver
a sua festa com ricos foliões.
Denunciador
da injustiça
Viveu
o dom tão prazenteiro
Não
sabia o que é preguiça
Mas
foi reduzido a casamenteiro.
Há
um contentamento ilusório
Não
precisa de nenhum altar
Fizeram
dele um reportório
Mas
melhor seria no coração ficar.
Para
os pobres deste mundo
Recomenda
uma oração
Peçam
lá bem dentro no fundo
Santo
António nunca diz que não.
Tantos
balões e arcos
Música
e dança a desfilar
Na
rua do amor somos parcos
Onde
estão os rostos a partilhar?
Isso
que António ensinava
Uma
missão cheia de zelo
Aos
pés de quem precisava
Tinha
a fé de ver o mundo belo.
Santo
António de Lisboa
Há
dizeres sem maneira
Eventos
e festas por ti à toa
Ao
que tu eras são pura asneira.
Triste
sina esta vida tem
Os
poderosos dominam tudo
É
a tradição que de longe vem
Venha o milagre mate o absurdo.
Santo
António aos peixes falas
É
sol de esperança sem falha
Faz
cada pessoa sem palas
A
liberdade é precisa sem tralha.
Por
fim nos encomendamos
A
Santo António com devoção
A
felicidade toda almejamos
Ela
está na mestria de cada mão.
Façamos
festa com alegria
Ao
santo da mensagem do pão
Que
os poderes só por mania
Não
façam dele o jogo do sermão.
Estas
singelas quadras aqui estão
Para
a reflexão são um contributo
Desejo
um Santo longe do padrão
Que o seu exemplo não seja
diminuto.
JLR
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